A Luz que chegou em Maio e vem agora em Junho visível
em gigantescas explosões solares mexeu nos níveis profundos do Ser, quer estejas
consciente disso, quer não. Respiraste bem fundo? Estás a fazer a grande
alquimia de consciência?
Junho
chega assim com um certo desconforto. Parece não se saber bem o que se passa,
mas que algo se passa, parece não se ver o panorama completo, enquanto se olha
em redor, parece sentir-se algo novo, mas a realidade parece mais velha e
arruinada que nunca antes. Assim quase chamei a Junho mês do desfasamento. O
uso do verbo parecer vem com esse jogo de ilusões e projecções em que a
realidade ainda vai emaranhada aos olhos de tantos. Vamos rumo ao Ser
desapegando-nos e libertando-nos do parecer… É o estar lá quase mas parecer que
não se está em lado nenhum, é o sentir-se a ascensão aqui à distância de meia
respiração mas parecer tudo tão denso e baço na vida quotidiana, é o respirar a
Nova Terra e só ver a Velha Terra e as massas no que de mais esgotado,
ressequido, violento e até boçal se acumulou ao longo de milénios…
Imagem retirada da net
Sente-se uma energia de desvario geral e até de certos
meios espiritualmente mais esclarecidos. Nesta fase tudo é apropriado, embora
já haja uma acalmia. Estamos na grande clarificação e nas suas muitas facetas.
Sim, eu sei que parece algo sem fim, mas a perseverança mostra-se amiga deste
caminhar. Aliás direi mesmo que neste mês de Junho é bem perceptível uma certa
revolta, mesmo raiva interior, individual e colectiva, que vem ao de cima. E
será sempre mais fácil ver nos outros e no colectivo o que se está a passar, onde
ignorar o que se possa passar connosco e as nossas próprias raivas e ódiozinhos
camuflados talvez não seja o mais benéfico, dada a grande oportunidade que se
apresenta de tomar consciência da urgência da renovação
psíquica-mental-emocional para o mestre futuro. Há tanta revolta interior que
está a vir ao cima! Da falta de auto-estima, de realização, de incapacidade de
fazer face às expectativas e projecções, nomeadamente da espiritualidade e da
ascensão, do que é a abundância e a mestria… A insatisfação e frustração
acumuladas estão a borbulhar, prontas a explodir, e se há ainda muitas
ressonâncias com energia de drama, de vítima, pode-se tornar bem duro navegar
por este mar até Julho. Mesmo com a acalmia estelar que se percepciona a partir
de meados do mês. Pois sim Mercúrio está retrógrado outra vez! Facilidade para
ser engolida/o no conflito, nas questões dos outros, vontade de marcar posição,
poderão ser alimento para esses aspectos resistentes e que gostam de viver da
energia exterior, um bocadinho de feeding
aqui e ali. Urge estar bem presente, bem enraizada/o para manter o ponto de
clareza e assim a simplicidade de criação de uma realidade mais pacífica. Da
China ao Japão e à Tailândia, da Rússia à Ucrânia, da Síria ao Egipto passando
pela Turquia e Iraque, da Venezuela ao Brasil, como casos de agressividade
militar/social latentes evidentes, há um patentear de um extremar de posições,
como se as vozes do passado surgissem para reclamar posicionamentos,
pendências, karmas que poderiam estar já numa transmutação suave e assim
avançam para a via da complexidade. Ora essa necessidade de afirmação de posição,
esse sentir de reaparecimento de pendências do passado, de ciclos kármicos e
pessoas que já pareciam esquecidas ou arrumadas nos recantos da memória estão
aí também no plano pessoal, com as situações emergentes no trabalho, na
família, nas relações pessoais, no desgaste da crise e da escassez… Mês da
Ira…e para muitos a ira traz vontade de vingança, para outros de mudança nem
que seja pela violência. Mas já sabes o que fazer não é? Ou melhor, já sabes
como Ser? O mestre respira e sai incólume da tempestade pois sabe que tudo é
energia e que a energia é neutra na sua base, só tem a carga de
positivo-negativo, luz-sombras que eu lhe der, que eu acreditar que ela tem…
hummm…
Bem…
Vem aí o Solstício de Verão, Solstício de Inverno no
polo sul, o que sempre significa um novo ciclo. Desta vez teremos essa abertura
a um potencial de energia conciliatória, de pacificação. Levanta-se então a
questão: vou continuar a bater na mesma tecla, a contar sempre a mesma versão
da estória e história, das circunstâncias e limitações, de vítima que digo que
não sou, ou vou encarar essa energia de frente, respirá-la sem a julgar,
retirando-lhe desse modo as cargas de positivo e negativo, bom-mau,
bonito-feio, feliz-infeliz, que têm feito o jogo do condicionamento do passado?
Vou remoer e processar as dores, os traumas, os desgostos e desilusões, a ira e
ódio encapuzado num sorriso continuando dia após dia a arrastar-me pelo
emprego, pelas tarefas diárias, na sobrevivência ou vou dar o salto de
confiança para o Ponto de Presença, impregnando-me do olhar e respiração
inspiradora da Alma?
Conciliar não significa ceder. Na prática é respeitar e
dar espaço para que as energias se manifestem com clareza e do ponto de vista
da Alma, não da mente. Conciliar não implica comprometer a tua verdade: é
compaixão. De outro modo terás de ir viver para o deserto, para o cimo da
montanha, para o mosteiro de clausura… mas isso já experimentaste noutras
vidas… e ainda aqui estás… Conciliar a luz e sombras em ti, conciliar o teu
lado feminino e o teu lado masculino, conciliar a guerra e a paz em ti no ponto
neutro da integração talvez seja a resposta?!... Conciliar é permitires-te fazer
a alquimia de consciência, a transmutação em partículas de luz…
E já tinha escrito estas palavras quando ocorreu no dia
8 de Junho o histórico encontro de oração pela Paz em Roma, cidade do Vaticano,
promovido pelo Papa Francisco com Shimon Peres e Mahmoud Abbas, reunindo
israelitas e palestinianos, cristãos católicos e ortodoxos, judeus e muçulmanos
confluindo as intenções para o sonho de pacificação. Uau! E milhões de pessoas
por todo o planeta uniram as suas preces, a sua respiração, a sua luz neste
sonho. Que belo potencial nasceu desse encontro! E em simultâneo o grande
concílio etérico planetário que reuniu seres de todos os quadrantes e
tendências de Gaia, dos reinos astrais, dos reinos cristalinos, reverberou por
entre os reinos, por entre as dimensões, exponencializando e plasmando este
potencial… paz numa Nova Terra… Noutro plano, que pode parecer bem longínquo
deste propósito e mais ligado à consciência de massas, o Mundial de futebol do
Brasil é também ponto de encontro e ponto de partida. Tantos levarão a sua atençaõ
para o Brasil, irão ao Brasil física e extrafisicamente. Ponto de partida para?...
para frequências mais elevadas para todos os que contemplam em directo ou pela
tv essa terra bela, cristalina e selvagem, a alegria da gente, as cores da
Terra, os templos de luz interdimensionais que serão perscrutados e visitados no
mundo dos sonhos, muito se passa e se passará que a mente humana não tem percepção…
tu podes ter. Ponto de partida para a mudança e para o movimento de energia…
para o saldar de muito jogo kármico bem antigo, para lá do que a história humana
tem registado… Haverá conflitos? Por certo que sim, mas em simultâneo nos
níveis subtis todos serão chamados à lembrança da centelha divina que existe em
si e que não é possível viver impunemente no passado, do passado.
No dia 13, sexta-feira ;), há lua cheia abrindo a fase
que conduz ao Solstício, que tem a marca do nascimento de uma forma bem clara e
marcada este ano. Que vais permitir nascer para a segunda metade do ano?
Viverás a conciliação das tuas sombras, o integrar do
equilíbrio rumo ao ponto neutro, permitir-te-às receber as dádivas da Nova
Energia que saltitam em teu redor, permitir-te-às olhar no espelho e sentir,
receber o reflexo e impulso da Alma em vez do jogo das ilusões, das máscaras,
do ego, das ‘personas’ no teatro da matrix?
Assim, em Junho podes manter-te no desfasamento e no
desconforto, que será por inerência desconforto físico e emocional, podes dar o
salto além da insatisfação e frustração que se reparares vem muito de te
agarrares a uma certa visão de como hás-de ser, como hás-de parecer, como há-de
surgir esse eu divino que tem bem pouco a ver com a liberdade e soberania do
mestre, que confia plenamente e permite que toda a energia esteja presente para
o servir. Podes também seguir a via da esperança e perseverança, respirando por
entre a confusão e sendo a radiância de conciliação para os teus aspectos, para
o teu envolvente, para o planeta.
O tom deste texto vai ligeiramente diferente, talvez
mais em bruto, mas é o que está aqui. A paz, a harmonia, os reinos cristalinos,
a iluminação estão á distância de uma respiração, a Norma Delaney
até diz à distância de meia respiração, uma inspiração consciente que vem e
transmuta toda a consciência.
A energia de Junho é de nascimento e renascimento.
Podes aproveitá-la no plano físico, no plano emocional, no plano mental, no
plano psíquico, no plano espiritual, ou ser audaz e confiar que recebes o que é
mais apropriado, oferecendo-te espaço para receber e saborear, para te amares e
seres amor. Sem controlar, fora da energia de poder. Aproveita o sol e o abraço
quente de Verão a chegar. Permite-te sonhar de novo. Permite-te sair à rua e ir
na aventura da descoberta. Flutuando suavemente no mar de possibilidades e
potenciais. Está atenta/o às rotinas que a nova energia sintoniza-se em
movimento e descoberta, aventura e liberdade do passado e da zona de conforto.
Mantém a esperança e faz um pouco, todos os dias, do que sabes que alimenta a
Alma e ao teu propósito mais elevado, persevera no ir além das distracções.
Claro que sabes que se te mantiveres nelas não há perigo, podes sempre sair
dessa, mais ou menos entupida/o, mais ou menos densa/o, mas sempre a tempo de
retornar ao Centro do Ser.