terça-feira, 30 de julho de 2013

Doc. BBC - O fantasma nos teus genes

No fim de semana, vi este documentário que considero fascinante por vários motivos um deles ver a ciência a provar o que é conhecimento geral do meio espiritual há milénios: a nossa herança genética comporta o registo de tudo o que se passou com os nossos ancestrais, desde momentos de fome, momentos de stress, de terror, de perturbação emocional e mental, etc e agora esse registo pode activar-se e despoletar sintomas e doença física que aparentemente nada no momento presente parece justificar, a menos que se faça essa pesquisa no passado.

Aqui só falam dos antecessores biológicos. E os aspectos de vidas passadas? Ui!...

Bem, cientistas de diversos pontos do globo conseguiram estabelecer relações e padrões, conseguiram comprovar a ligação directa de situações específicas num período histórico - caso de fome no Norte da Europa (Suécia) no início século XX ou a 2ª Guerra Mundial/Holocausto e o 11 de Setembro - com anomalias físicas e psíquicas verificadas na actualidade :)

Em jeito de resumo, senti como muito interessante:
* exposição a circunstâncias ambientais pelos avós ou bisavós pode vir hoje afectar saúde física ou bem-estar emocional-mental...
* a descoberta do mapa do genes humanos não trouxe a resposta para a causa/cura de doenças como se esperava, havia algo que faltava... algo que não se vê à primeira vista...
* a mesma sequência de genes, a mesma malformação base pode dar origem a diferentes doenças genéticas: influência da herança da mãe ou pai pode determinar qual se vai desenvolver - genoma inprinting / marca=selo genético significa que os genes têm memória de onde vêm!
* a influência da manipulação genética/ interferência pela fertilização in vitro e a percentagem significativa de risco de mal formações sérias (as visíveis e as invisíveis)
* o exemplo dos diabetes ou a influência sobre esperança média de vida e o surto de carência no tempo dos avós...
* exemplo da a avó afectada durante gravidez pelos diabetes/fome e do avô afectado só mais tarde na puberdade
* como se comprovou a diferença de influência dos níveis de stress na gravidez consoante os diferentes períodos de gestação
* os testes com ratos em várias gerações e exposição a pesticidas com a sua influência genética nas sucessivas gerações - a exposição de apenas um indivíduo a certos químicos determinou que se espalhasse por toda uma população posteriormente
*  ...

Tudo o que fazes fica registado nos teus genes e ADN e passa às gerações seguintes. Claro que nós estamos a aprender a transmutar os registos do passado e a viver pelas nossas escolhas e assim a nossa herança será diferente, não é?

Já reparaste que há cada vez mais casos de gravidezes complicadas e de crianças com doenças sérias logo nos primeiros anos de vida? Sem dúvida que as circunstâncias actuais da alimentação, poluição, stress são pontos fundamentais e por isso hoje se fala nos meios holísticos de ser vital a mãe - e o pai - preparem-se não só emocional e espiritualmente para a concepção e gestação mas também fisicamente! 
Já todos repararam como há crianças e depois adultos que assumem comportamentos idênticos bem como semelhanças físicas com  avós, tios, etc e como pode até haver propensão para em certa idade "activar" esses comportamentos...

Tanta propensaõ para diabetes, cancro do cólon, cancro disto e daquilo, ... como é que Portugal tem uma das percentagens mais elevadas do mundo de insuficiência renal? A infertilidade, tanta doença cardiovascular ou a obesidade crescente têm algo a ver com isto? 

Imagina as consequências no teu ADN dos períodos de stress, carência, fome, guerra, violência, abuso, cataclismos, inquisições ao longo da história portuguesa, mais se considerarmos que somos um país de emigrantes e imigrantes, de navegadores, colonizadores, missionários e por aí fora que correram o mundo, fizeram filhos por todo o lado... Assim também os nossos leitores brasileiros terão algo da nossa herança etc,etc :) 

Nós até temos "sorte" de não termos nenhuma guerra em território nacional desde as invasões francesas, se descartarmos as guerrilhas constantes entre liberais e absolutistas no século XIX, monárquicos e republicanos no início do Século XX. Mas das invasões francesas há muita herança latente neste momento posso dizer... E houve um contingente português na 1ª Guerra Mundial com centenas e centenas de mortos, estropiados física e emocionalmente que passaram horrores e sim muita fome e frio nas trincheiras sem equipamento e abastecimento mínimo por meses, enquanto por cá se vivia o racionamento de géneros alimentícios, verificado novamente nos anos anos 40. Eu ainda me lembro de, em pequena, ir às aldeias da família a Trás-os-Montes ou à Beira e pensar como aquelas pessoas viviam ainda quase no século XIX em termos de condições na habitação, higiene, vestuário, com água canalizada e electricidade ainda a ser uma miragem, das histórias daqueles que vieram do Ultramar em condições de penúria e frustração, revolta (viram aquela série na RTP Depois do Adeus?). 
Ok, poderíamos fazer uma perspectiva histórica e encontraríamos uma imensidão de pontos de bloqueio. Sem ficar presos no passado e nas histórias ter consciência da base de partida é importante para se poder escolher.
Uf!
Hoje podemos escolher ir além da biologia ancestral, ir além do karma, renovar o ADN, criar uma nova realidade pois vivemos na Nova Energia, na Nova Era, com possibilidade de viver no corpo de luz, em múltiplas dimensões e com mananciais infinitos de energia criativa.

Namaste!

O vídeo e em baixo um resumo disponível no youtube em inglês (traduzível no google):
 http://www.youtube.com/watch?v=ehwFVgQ82ZY



«Biology stands on the brink of a shift in the understanding of inheritance. The discovery of epigenetics -- hidden influences upon the genes -- could affect every aspect of our lives.

At the heart of this new field is a simple but contentious idea -- that genes have a 'memory'. That the lives of your grandparents -- the air they breathed, the food they ate, even the things they saw -- can directly affect you, decades later, despite your never experiencing these things yourself. And that what you do in your lifetime could in turn affect your grandchildren.

The conventional view is that DNA carries all our heritable information and that nothing an individual does in their lifetime will be biologically passed to their children. To many scientists, epigenetics amounts to a heresy, calling into question the accepted view of the DNA sequence -- a cornerstone on which modern biology sits.

Epigenetics adds a whole new layer to genes beyond the DNA. It proposes a control system of 'switches' that turn genes on or off -- and suggests that things people experience, like nutrition and stress, can control these switches and cause heritable effects in humans.

In a remote town in northern Sweden there is evidence for this radical idea. Lying in Överkalix's parish registries of births and deaths and its detailed harvest records is a secret that confounds traditional scientific thinking. Marcus Pembrey, a Professor of Clinical Genetics at the Institute of Child Health in London, in collaboration with Swedish researcher Lars Olov Bygren, has found evidence in these records of an environmental effect being passed down the generations. They have shown that a famine at critical times in the lives of the grandparents can affect the life expectancy of the grandchildren. This is the first evidence that an environmental effect can be inherited in humans.

In other independent groups around the world, the first hints that there is more to inheritance than just the genes are coming to light. The mechanism by which this extraordinary discovery can be explained is starting to be revealed.

Professor Wolf Reik, at the Babraham Institute in Cambridge, has spent years studying this hidden ghost world. He has found that merely manipulating mice embryos is enough to set off 'switches' that turn genes on or off.

For mothers like Stephanie Mullins, who had her first child by in vitro fertilisation, this has profound implications. It means it is possible that the IVF procedure caused her son Ciaran to be born with Beckwith-Wiedemann Syndrome -- a rare disorder linked to abnormal gene expression. It has been shown that babies conceived by IVF have a three- to four-fold increased chance of developing this condition.

And Reik's work has gone further, showing that these switches themselves can be inherited. This means that a 'memory' of an event could be passed through generations. A simple environmental effect could switch genes on or off -- and this change could be inherited.

His research has demonstrated that genes and the environment are not mutually exclusive but are inextricably intertwined, one affecting the other.

The idea that inheritance is not just about which genes you inherit but whether these are switched on or off is a whole new frontier in biology. It raises questions with huge implications, and means the search will be on to find what sort of environmental effects can affect these switches.

After the tragic events of September 11th 2001, Rachel Yehuda, a psychologist at the Mount Sinai School of Medicine in New York, studied the effects of stress on a group of women who were inside or near the World Trade Center and were pregnant at the time. Produced in conjunction with Jonathan Seckl, an Edinburgh doctor, her results suggest that stress effects can pass down generations. Meanwhile research at Washington State University points to toxic effects -- like exposure to fungicides or pesticides -- causing biological changes in rats that persist for at least four generations.

This work is at the forefront of a paradigm shift in scientific thinking. It will change the way the causes of disease are viewed, as well as the importance of lifestyles and family relationships. What people do no longer just affects themselves, but can determine the health of their children and grandchildren in decades to come. "We are," as Marcus Pembrey says, "all guardians of our genome." »