No fim de semana, vi este documentário que considero fascinante por vários motivos um deles ver a ciência a provar o que é conhecimento geral do meio espiritual há milénios: a nossa herança genética comporta o registo de tudo o que se passou com os nossos ancestrais, desde momentos de fome, momentos de stress, de terror, de perturbação emocional e mental, etc e agora esse registo pode activar-se e despoletar sintomas e doença física que aparentemente nada no momento presente parece justificar, a menos que se faça essa pesquisa no passado.
Aqui só falam dos antecessores biológicos. E os aspectos de vidas passadas? Ui!...
Bem, cientistas de diversos pontos do globo conseguiram estabelecer relações e padrões, conseguiram comprovar a ligação directa de situações específicas num período histórico - caso de fome no Norte da Europa (Suécia) no início século XX ou a 2ª Guerra Mundial/Holocausto e o 11 de Setembro - com anomalias físicas e psíquicas verificadas na actualidade :)
Em jeito de resumo, senti como muito interessante:
* exposição a circunstâncias ambientais pelos avós ou bisavós pode vir hoje afectar saúde física ou bem-estar emocional-mental...
* a descoberta do mapa do genes humanos não trouxe a resposta para a causa/cura de doenças como se esperava, havia algo que faltava... algo que não se vê à primeira vista...
* a mesma sequência de genes, a mesma malformação base pode dar origem a diferentes doenças genéticas: influência da herança da mãe ou pai pode determinar qual se vai desenvolver - genoma inprinting / marca=selo genético significa que os genes têm memória de onde vêm!
* a influência da manipulação genética/ interferência pela fertilização in vitro e a percentagem significativa de risco de mal formações sérias (as visíveis e as invisíveis)
* o exemplo dos diabetes ou a influência sobre esperança média de vida e o surto de carência no tempo dos avós...
* exemplo da a avó afectada durante gravidez pelos diabetes/fome e do avô afectado só mais tarde na puberdade
* como se comprovou a diferença de influência dos níveis de stress na gravidez consoante os diferentes períodos de gestação
* os testes com ratos em várias gerações e exposição a pesticidas com a sua influência genética nas sucessivas gerações - a exposição de apenas um indivíduo a certos químicos determinou que se espalhasse por toda uma população posteriormente
* ...
Tudo o que fazes fica registado nos teus genes e ADN e passa às gerações seguintes. Claro que nós estamos a aprender a transmutar os registos do passado e a viver pelas nossas escolhas e assim a nossa herança será diferente, não é?
Já reparaste que há cada vez mais casos de gravidezes complicadas e de crianças com doenças sérias logo nos primeiros anos de vida? Sem dúvida que as circunstâncias actuais da alimentação, poluição, stress são pontos fundamentais e por isso hoje se fala nos meios holísticos de ser vital a mãe - e o pai - preparem-se não só emocional e espiritualmente para a concepção e gestação mas também fisicamente!
Já todos repararam como há crianças e depois adultos que assumem comportamentos idênticos bem como semelhanças físicas com avós, tios, etc e como pode até haver propensão para em certa idade "activar" esses comportamentos...
Tanta propensaõ para diabetes, cancro do cólon, cancro disto e daquilo, ... como é que Portugal tem uma das percentagens mais elevadas do mundo de insuficiência renal? A infertilidade, tanta doença cardiovascular ou a obesidade crescente têm algo a ver com isto?
Imagina as consequências no teu ADN dos períodos de stress, carência, fome, guerra, violência, abuso, cataclismos, inquisições ao longo da história portuguesa, mais se considerarmos que somos um país de emigrantes e imigrantes, de navegadores, colonizadores, missionários e por aí fora que correram o mundo, fizeram filhos por todo o lado... Assim também os nossos leitores brasileiros terão algo da nossa herança etc,etc :)
Nós até temos "sorte" de não termos nenhuma guerra em território nacional desde as invasões francesas, se descartarmos as guerrilhas constantes entre liberais e absolutistas no século XIX, monárquicos e republicanos no início do Século XX. Mas das invasões francesas há muita herança latente neste momento posso dizer... E houve um contingente português na 1ª Guerra Mundial com centenas e centenas de mortos, estropiados física e emocionalmente que passaram horrores e sim muita fome e frio nas trincheiras sem equipamento e abastecimento mínimo por meses, enquanto por cá se vivia o racionamento de géneros alimentícios, verificado novamente nos anos anos 40. Eu ainda me lembro de, em pequena, ir às aldeias da família a Trás-os-Montes ou à Beira e pensar como aquelas pessoas viviam ainda quase no século XIX em termos de condições na habitação, higiene, vestuário, com água canalizada e electricidade ainda a ser uma miragem, das histórias daqueles que vieram do Ultramar em condições de penúria e frustração, revolta (viram aquela série na RTP Depois do Adeus?).
Ok, poderíamos fazer uma perspectiva histórica e encontraríamos uma imensidão de pontos de bloqueio. Sem ficar presos no passado e nas histórias ter consciência da base de partida é importante para se poder escolher.
Uf!
Hoje podemos escolher ir além da biologia ancestral, ir além do karma, renovar o ADN, criar uma nova realidade pois vivemos na Nova Energia, na Nova Era, com possibilidade de viver no corpo de luz, em múltiplas dimensões e com mananciais infinitos de energia criativa.
Namaste!
O vídeo e em baixo um resumo disponível no youtube em inglês (traduzível no google):
http://www.youtube.com/watch?v=ehwFVgQ82ZY
«Biology stands on the brink of a shift in the understanding of
inheritance. The discovery of epigenetics -- hidden influences upon the
genes -- could affect every aspect of our lives.
At the heart of
this new field is a simple but contentious idea -- that genes have a
'memory'. That the lives of your grandparents -- the air they breathed,
the food they ate, even the things they saw -- can directly affect you,
decades later, despite your never experiencing these things yourself.
And that what you do in your lifetime could in turn affect your
grandchildren.
The conventional view is that DNA carries all our
heritable information and that nothing an individual does in their
lifetime will be biologically passed to their children. To many
scientists, epigenetics amounts to a heresy, calling into question the
accepted view of the DNA sequence -- a cornerstone on which modern
biology sits.
Epigenetics adds a whole new layer to genes beyond
the DNA. It proposes a control system of 'switches' that turn genes on
or off -- and suggests that things people experience, like nutrition and
stress, can control these switches and cause heritable effects in
humans.
In a remote town in northern Sweden there is evidence for
this radical idea. Lying in Överkalix's parish registries of births and
deaths and its detailed harvest records is a secret that confounds
traditional scientific thinking. Marcus Pembrey, a Professor of Clinical
Genetics at the Institute of Child Health in London, in collaboration
with Swedish researcher Lars Olov Bygren, has found evidence in these
records of an environmental effect being passed down the generations.
They have shown that a famine at critical times in the lives of the
grandparents can affect the life expectancy of the grandchildren. This
is the first evidence that an environmental effect can be inherited in
humans.
In other independent groups around the world, the first
hints that there is more to inheritance than just the genes are coming
to light. The mechanism by which this extraordinary discovery can be
explained is starting to be revealed.
Professor Wolf Reik, at the
Babraham Institute in Cambridge, has spent years studying this hidden
ghost world. He has found that merely manipulating mice embryos is
enough to set off 'switches' that turn genes on or off.
For
mothers like Stephanie Mullins, who had her first child by in vitro
fertilisation, this has profound implications. It means it is possible
that the IVF procedure caused her son Ciaran to be born with
Beckwith-Wiedemann Syndrome -- a rare disorder linked to abnormal gene
expression. It has been shown that babies conceived by IVF have a three-
to four-fold increased chance of developing this condition.
And
Reik's work has gone further, showing that these switches themselves can
be inherited. This means that a 'memory' of an event could be passed
through generations. A simple environmental effect could switch genes on
or off -- and this change could be inherited.
His research has
demonstrated that genes and the environment are not mutually exclusive
but are inextricably intertwined, one affecting the other.
The
idea that inheritance is not just about which genes you inherit but
whether these are switched on or off is a whole new frontier in biology.
It raises questions with huge implications, and means the search will
be on to find what sort of environmental effects can affect these
switches.
After the tragic events of September 11th 2001, Rachel
Yehuda, a psychologist at the Mount Sinai School of Medicine in New
York, studied the effects of stress on a group of women who were inside
or near the World Trade Center and were pregnant at the time. Produced
in conjunction with Jonathan Seckl, an Edinburgh doctor, her results
suggest that stress effects can pass down generations. Meanwhile
research at Washington State University points to toxic effects -- like
exposure to fungicides or pesticides -- causing biological changes in
rats that persist for at least four generations.
This work is at
the forefront of a paradigm shift in scientific thinking. It will change
the way the causes of disease are viewed, as well as the importance of
lifestyles and family relationships. What people do no longer just
affects themselves, but can determine the health of their children and
grandchildren in decades to come. "We are," as Marcus Pembrey says, "all
guardians of our genome." »