Agosto
Mês do Abrandamento
Além do drama
O dom da Alma
Como passaste o mês de Julho? Com audácia? Confrontado/a com a tua falta de audácia? Ah Julho…
foi sem dúvida um mês interessante… tanto a acontecer… Viram esta foto da Terra
tirada perto dos anéis de Saturno :-) e como somos um pequeno e belo planeta na
imensidão da galáxia? Adamus chegou com o
super-mehrab e quem se deu ao trabalho de ver, ler,
2013.07.20 - NASA – Terra vista
de Saturno pela sonda Cassini (a Terra é um pontinho claro do lado esquerdo…;
cartoon de Rita Correa ilustradora
escutar, sentir,
sabe que moveu montanhas interiores e trouxe o magnífico conceito: assume que o
que se passa é para a tua iluminação[1]. Energia para dar e vender. Claro que a
energia tem as suas dinâmicas e isso é algo que ainda faz muita confusão às
pessoas e agora estou a falar daquelas que andam por estas leituras. Já
veremos, mas antes mencionemos em referência ao cartoon acima e a um desvario
natural que perpassa a consciência de massas por estes dias: enquanto os
ingleses clamam ”é um rapaz”, os brasileiros “é o Papa”, os portugueses
exclamam “é o circo”… é como se aquela onda de calor do início do mês torrasse
o cérebro às aranhas dos políticos e gerasse um acesso de loucura
extraordinário ;) que por cá quase deitou por terra os últimos anos de “bom comportamento”
na austeridade aos olhos internacionais e fizessem de uma crise
económico-financeira uma crise política… lá se arranjou tudo para ficar tudo
mais ou menos na mesma, tirando o significado e honra a demissões irrevogáveis
que voltam ao governo com posições nunca antes existentes de vice-primeiro
ministro…
Entretanto houve ao
nível planetário alinhamentos trinos que culminaram no dia 29 com o raro alinhamento
em estrela de seis pontas que nos banhou de uma energia deveras extraordinária
de plenitude, um belo impulso para quem se abriu à experiência da integração da
iluminação.
Então e Agosto? Começou
a full speed, não? Incêndios, acidentes ferroviários e rodoviários, milhares de
tremores de terra lá para a Nova Zelândia, um influxo de emigrantes vindos do Norte
de África, convulsões exacerbadas no Médio Oriente e norte de África, seca extrema
numas regiões, chuvas torrenciais e inundações noutras… e ainda estamos só no princípio.
Agosto será movimentado no mundo dos fenómenos e acontecimentos, disso não há dúvida.
E teremos a chuva de meteoritos das Perseides em meados do mês coincidindo como
sempre com as aberturas energéticas a frequências mais elevadas. Mas…
Neste mês de
férias para a maioria das pessoas, falar de abrandamento no meio de tanta movimentação
até parece algo natural. O calor, as diferenças no trânsito, o aumento de
turistas estrangeiros, a chegada dos emigrantes, o teor ligeiro da programação televisiva
lembram que este é um mês diferente. Por isso aproveitemos para sair das
rotinas e, se ainda é o caso, sair do ritmo acelerado das vida quotidiana,
fazer um abrandamento e escutar, escutar a beleza da calma, do relaxamento, das
mil e umas melodias que estão aí sempre disponíveis para quem se dispõe a
escutar… sair do drama…
O drama é algo
viciante. Ter confusão na nossa vida, ter de estar sempre a resolver coisas, a
“apagar fogos”, a ultrapassar bloqueios, a lutar e conquistar posição, status,
dinheiro, saúde, a necessidade de agir e reagir, de viver pelas circunstâncias
é um modo de vida aceite na consciência de massas. Vive-se no automático,
faz-se o que sempre se fez, como os outros fazem. Não tem nada a ver com
escolhas conscientes.
O drama é muitas
vezes uma necessidade: a pessoa precisa de agitação e confusão para se sentir
viva (mesmo que o negue veementemente), na base precisa de energia e essa é uma
forma muito fácil de arranjar temporariamente alimento… uma discussão familiar,
o desfiar das tragédias pessoais a todas as pessoas que se encontram na rua,
etc, etc. Muitos até começam por entrar nesta de mudar de vida e de pacificar,
mas em certo momento têm saudades de uma agitaçãozinha e lá estão a atrair e a
criar situações de desequilíbrio na vidinha para depois se poderem lamuriar e
até desistir com boa desculpa de nada estar a funcionar nestas coisas das
energias. Acidentes, roubos, conflitos laborais, multas inesperadas, avarias constantes,
incapacidade de estabilizar a saúde são manifestações que, na maioria dos
casos, se podem associar a esta energia de drama. Muitos têm programações tão
enraizadas que nem sabem que estão a viver da energia de drama e, quando tomam
consciência, reparam que é demorado e complexo conseguirem libertar-se do nó
após nó da sua vida. Note-se que há factores de insegurança, medo, dúvida,
traumas que tornam o enredo mais elaborado… muito vírus de consciência.
Há já muitos anos
atrás o Mestre Ascenso Tobias[1] sugeria que para isso se fizesse uma escolha
consciente de deixar o drama e quando identificássemos uma situação de drama
nos colocássemos simbolicamente atrás do murete apenas como observadores do
teatro, em vez de participantes activos a reagir e a cair dentro do caldeirão
que suga energia e força vital. Muitos reagem logo a esta sugestão. “Então, se
me estão a atacar, não respondo? Se estou a ver situação injusta fico impávido
e sereno? Se tudo corre mal, finjo que não é nada comigo?...” E já estão a
auto-oferecer-se a resposta. Claro que a sugestão não é de perpetuar o abuso
mas de deixar passar a primeira vaga, respirar fundo e observar, sentir as
alternativas que ofereçam uma solução criativa que, de facto, gere solução e
não o espiralar da confusão.
A minha primeira experiência
bem sucedida de abrandamento consciente foi pelo yoga e aqui quero parar e prestar
tributo à minha professora de yoga, Marlene Ashworth, já do outro lado do véu,
pois apesar de outras professoras terem passado pela minha vida ainda é a ela
que eu ouço quando faço os meus alongamentos, as minhas posturas. Eu comecei a
fazer yoga no longínquo ano de 1999 por prescrição médica devido a questões
respiratórias e o dojo da Marlene ficava perto do meu trabalho da altura. Para
mim, foi o melhor remédio que me podiam ter receitado: com mais capacidade da caixa
torácica e flexibilidade do esqueleto, descobri músculos que nem sabia que
tinha, renovei a postura da coluna, melhorei das muitas afecções e infecções
que me assolavam diariamente, todas as “ites” das vias respiratórias
(amigdalite, laringite, faringite) a par de muitas alergias e afins. O meu
corpo começou a sentir uma respiração renovada, um carinho e respeito que
talvez nunca tivesse existido antes e a minha alma disse “Está na hora de
Despertar!”. Foi assim que o meu real despertar começou como sempre conto aos
alunos – ali na rua da Restauração ;) a restaurar o meu velho eu até que o novo
nascesse -, embora hoje e numa perspectiva mais ampla consigo sentir que tudo
se alinhou desde o meu nascimento para este despertar do Eu Sou. As horas das
aulas de yoga eram preciosas para mim numa fase em que o ambiente de trabalho
era uma real tragicomédia, nada parecia funcionar na minha vida. Nas aulas
gostava de chegar sempre antes para desligar do exterior e relaxar o corpo,
pois as múltiplas contracções musculares a que tinha propensão com tanto stress
assim o obrigavam para que depois conseguisse usufruir algo da aula em si. A
Marlene sempre teve uma visão muito pessoal do yoga, nada dogmática, muito
atenta às condicionantes físicas aparentes de todos e eu conseguia sentir-me
bem a fazer menos que qualquer uma das senhoras de 60 ou 70 ou 80 anos que
frequentavam o dojo ;). A grande dádiva e a razão de toda esta abordagem tem a
ver com esse meu primeiro abrandamento eficaz, de parar e alinhar corpo e mente
para sair do torvelinho da vida quotidiana, ver o mundo de outro modo. Foi aí
que eu me abri a terapias alternativas e foi aí que comecei com os meus cursos
e actividades até ao momento em que a explosão de sensibilidade que eu vivia em
certa altura me levou a escolher assumir a responsabilidade de ter o meu
próprio espaço. Não significa isto que estou a aconselhar o yoga, estou a
partilhar a história do meu abrandamento.
Respirar ganhou
novo significado para mim. Não era apenas o corpo a respirar além do
automático. Era sentir o corpo a respirar e como há diferentes níveis de
respiração, como a respiração permite o corpo alongar e mover-se de modo
desconhecido para mim, como permite alcançar um ponto de equilíbrio no
silenciar da mente e no trazer clareza e uma perspectiva distinta.
Abrandamento. Muitos
conseguem fazê-lo a andar, a correr, a nadar, a cozinhar, a pintar, a fazer
trabalhos manuais. Algo que os tira da mente e permite observar as diversas
situações com novos olhos. Aí eu pessoalmente acresceria sempre uns instantes
finais de paragem física, concentração na respiração e relaxamento de todo o
corpo, de fazer um “scanner” geral e libertar qualquer “resíduo”, tensão que
ainda pudesse haver e então escutar essa voz interior, esse sentir da Alma… alcançar
essa possível simbiose de corpo, mente e espírito…
É disso que se
trata nesta divagação sobre abrandamento.
Claro que, com o
tempo, a pessoa consegue interiorizar-se tanto a andar, a correr, a nadar, etc
e tal como deitada no chão da sala ou no sofá a respirar e tira disso muitos
mais benefícios. Cada um sentirá por si como consegue o abrandamento. E
abrandamento será sempre não estar a pensar no rol de tarefas domésticas a
desempenhar, no trabalho, no que aquela disse, no que deu no telejornal, na
fofoquice do dia… Por isso actividade física ajuda a começar. Para muitos
meditar e usar mantras ajuda e é benéfico, mas com o risco de cair no hábito
noutra actividade mental e não puramente de ponto de presença e consciência.
E sim: uma
respiração consciente basta para fazer esse abrandamento, essa interiorização!
O abrandamento é o
ponto de calmaria que permite sentir os potenciais e então fazer escolhas, que
permite sentir os aspectos e o ponto de permissão para fazer a integração…
O abrandamento é o
chamamento da Alma para parar e escutar toda uma nova melodia.
O abrandamento é o
murete que permite sair do drama, redimensionar problemas e ilusão de
problemas, relembrar o ponto de compaixão e sair do jogo. Ás vezes as pessoas
vêm às minhas sessões e começam a expor a longa lista dos “desequilíbrios” da
sua vida e espantam-se, alguns revoltam-se, com a minha falta de empatia. Que
serviço real eu lhes estaria a prestar ao colocar-me em sintonia com
vitimização e jogos de toda a espécie? Como poderia oferecer algo diferente se
estivesse imersa no problema?... Compaixão… Ás vezes as pessoas têm questões na
sua vida que são puros chamamentos da Alma para pararem e reverem a sua
posição, a sua vida… Doenças… Despedimento no trabalho… Perdas…
Parar.
Aceitar.
Confiar.
Amar.
A chave para o fim
do turbilhão está disponível em qualquer lugar e em qualquer momento, basta
parar e escolher. E citando-me - e a muitos outros - pela enésima vez: se eu
não fizer a escolha, se eu não der o primeiro passo, como é que aquilo que
caracteriza o caminho se vai modificar? Esperar pelo alinhamento astrológico
que vai trazer a mudança? Como é que vais alcançar o quantum de potencial que
traz o alinhamento, o terapeuta, a canalização, o workshop, etc e tal se
ficares sentado à espera? Tudo isso está disponível já e a quantidade de
alinhamentos dos últimos anos já dava para estar tudo no clube dos mestres
ascensos a trocar histórias de iluminação… Esperar pelo Messias, pelo Buda do
futuro?... cuidado com as varizes. Noutra versão: se eu estou farta da canção
sempre com a mesma letra do coitadinho e da desgraça no fado, mas o que eu faço
é substituir por uma música hip hop/rock/rap/folk que só se reclama disto e
daquilo, é o virar o disco e tocar o mesmo com outra sonoridade… Entendes o
quero dizer? O passo não é tapar o sol com a peneira para ter outro tom, o
passo é fazer uma escolha consciente o que implica sempre autorizar alterações,
vulgo MUDAR!!!
Jesus! ;)
Mudar!
Mudar!
Mudar!
A palavra que a
maioria não gosta de escutar.
Sê verdadeira/o
contigo mesma/o e reconhece que se queres mesmo uma vida diferente não podes
continuar a ser como eras antes, não podes usar as mesmas desculpinhas de
antes, não podes viver os dramas de antes… isso implica mudança interior que se
vai reflectir necessariamente em mudança exterior (nunca o contrário).
Sê verdadeira/o
contigo mesma/o e reconhece se queres apenas sentir-te melhor (é válido) ou se
queres o equilíbrio/cura do que se passa na tua vida. Se queres o equilíbrio, a
ascensão, a iluminação, tens de sair dessa percepção limitada e condicionada
que tens de ti e da tua realidade. Já fizeste muito? Persevera e continua. O
que estás a fazer não funciona? Que partes de ti estás a renegar, a colorir com
histórias, a usar como desculpas, a recusar aceitar e amar?
Como é que
escolher o amor, como é que escolher a paz e calma, como é que escolher essa
compreensão e percepção de quem realmente somos pode vir a ser danosa para a
nossa vida??????
Como é que viver
em real liberdade de ser e escolher, em estado de graça, pode ser aborrecido e
fazer o drama preferível?
Mais fácil?
Muita ilusão e
matriz de controlo?
Muito medo de
pecar e arder no inferno eterno? (não rias, que há muitos que sofrem horrores
com medo da heresia de amar-se, ser mestre, considerar que todos são Deus
também)
Muito vírus de
consciência com sentir de impotência, limitação, falta de imaginação para
soluções criativas?
…
Pois é.
No fundo tem
sempre tudo a ver com amar, com
amarmo-nos.
Tem a ver com
autorizarmo-nos a não ser “egoístas” no sentido estrito do termo, mas a
escolher o que é bom para nós, a viver o sonho da Alma, a aceitar quem
realmente somos e a fonte infinita de potenciais que isso nos oferece, a
satisfação e profunda realização espiritual, “emocional”/afectiva,
profissional, que tal possibilita.
Assim, o meu
convite para Agosto é que te autorizes, que te permitas sentir o dom da Alma,
aproveitando o abrandamento geral, escolhendo a renovação e clarificação,
vivendo a calmaria interior, deixando a Alma vir sentir este mundo, esta
realidade através de ti a tal ponto que transforme tão amorosamente o teu ser
que deixe de haver separação, ilusão de separação entre ti e ela… Deixa-te
sentir o sopro do verdadeiro amor, da compaixão, da paz e da graça de Ser.
Deixa-te imbuir dessa respiração que faz essa mudança temida ser algo natural e
suave em vez de convulsão e caos…
Pára e sente o que
há para além do drama.
Pára e recebe o
dom da Alma.
Pura consciência e
recursos infinitos de energia para, nesse ponto de fusão, tu usares nas tuas
escolhas e nas tuas criações.
Esse abrandamento que
permite aquele sentir que “tudo vai bem na Criação” e o “eu assumo que é para a
minha iluminação”[2].
Se tens seguido as
reflexões e posts, já reparaste que agora já não é só do Despertar que se fala,
não é só da Mestria, é da Iluminação, de incorporar o Eu Divino, o Eu Sou nesta
vida, nesta realidade. Integração de todas as partes do Ser. Eu Sou. Livre. Sem
explicação. Existo. Leve.
Livre e leve das
cargas, das bagagens, dos dogmas, das crenças, das programações, das matrix, da
história e das estórias, das pendências e dependências, dos dramas, dos
abusadores e das vitimizações, …
Ser o Eu Sou,
soberano, consciente, criador e criativo, pacificado e em graça…
…
Respira comigo
agora, bem fundo, e vivamos nesse abrandamento onde é possível saborear a total
beleza e liberdade de viver e ser um humano divino encarnado na Terra.
Autoriza-te a
sentir como em cada respiração um sol radioso emerge dentro de ti, no teu
ventre, no teu coração, na tua coroa, como irradia para todo o teu Corpo de
Consciência… deixa-te ir… bem fundo… e sente como pareces crescer, como pareces
expandir os teus limites de matéria, de espaço… a grandeza de ser em ti…
abraçando toda a tua existência, bem fundo dentro de ti…
…
Eu Sou
Patrícia / Aurea
Ao teu serviço na Estrela da Vida Estrela da Aurora
2013.08.06
Podes divulgar
este texto desde que mantenhas a referência ao autor © Patrícia Almeida, ao
blog e site estreladavida.estreladaaurora.blogspot.com e www.osilenciodamontanha.com 2013
|
[1] Tobias do
Círculo Carmesim apresentou inúmeras mensagens canalizadas entre 1999 e 2009
através de Geoffrey e Linda Hoppe. Foi o primeiro mestre ascenso a voltar a
encarnar na Terra naquele que é conhecido como Sam (ver o update sobre o Sam
disponibilizado no dia 24 de Julho de 2013). www.crimsoncircle.com
[2] Shoud de
Julho de 2013. www.crimsoncircle.com
[1] Ver em
português: www.novasenergias.net/circulocamesim/canalizacoes
ou www.crimsoncircle.com/library
- “How to live”
Imprimir ou download pdf aqui: http://pt.scribd.com/doc/158764820/2013-08-Refexao-do-Mes-EVEA-Patricia-Almeida